sexta-feira, 21 de maio de 2010

NOVAS FOTOS NUTRITIVAS

Atenção galera para as novas fotos tiradas nas festas comemorativas do turma de nutrição. Receitas muito gostosas, nutritivas e saudáveis, gastando muito pouco. Continue acessando o nosso blog que em breve teremos mais novidades deliciosas!


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Intervalo antes da refeição escolar traz benefícios aos alunos

TARA PARKER POPE do New York Times

Será que algo tão simples como o tempo de intervalo poderia fazer a diferença no comportamento e na saúde de uma criança?

Alguns especialistas acham que sim, e agora algumas escolas estão reagendando os intervalos --liberando os estudantes para brincar antes de se sentarem para o almoço. A troca parece ter causado algumas mudanças surpreendentes, tanto na cantina quanto na sala de aula.

Escolas que realizaram essa mudança de horário relatam que, quando as crianças brincam antes do almoço, há menos desperdício de comida e maior consumo de leite, frutas e vegetais. Além disso, alguns professores contam que há menos problemas de comportamento.

"As crianças ficam mais calmas quando saem para o intervalo antes", disse Janet Sinkewicz, diretora da Escola Primária Sharon, em Robbinsville, New Jersey, que fez a mudança no último outono. "Elas sentem que têm mais tempo para comer e não precisam se apressar."

Num dia letivo recente na escola Sharon, observei enquanto alunos da segunda série corriam atrás um dos outros pelo pátio e escalavam o trepa-trepa. Quando o sinal tocou, o agitado pátio se esvaziou quase instantaneamente e as crianças se alinharam para tirar seus casacos e luvas, depois calmamente fizeram fila para o almoço na cantina.

"Toda a confusão terminou", disse Sinkewicz.

Uma das primeiras escolas a adotar a ideia foi a North Ranch, em Scottsdale, no Arizona. Cerca de nove anos atrás, a enfermeira da instituição sugeriu a mudança e a escola conduziu um estudo-piloto --acompanhando o desperdício de comida e as visitas à enfermaria, além de relatórios sobre o comportamento dos alunos.

Ao final do ano, as visitas à enfermaria haviam caído 40%, com menos casos de dores de cabeça e de estômago. Um aluno disse a funcionários da escola que estava feliz por ter parado de vomitar nos intervalos.

Outras crianças se apressavam durante o almoço para chegar mais cedo ao pátio, deixando grande parte da comida no prato. Depois da mudança, o desperdício de alimento diminuiu e as crianças apresentaram menor probabilidade de sentir fome ou ficar doentes mais tarde no mesmo dia. E, para a surpresa dos funcionários da escola, mudar o intervalo para antes do almoço acabou somando cerca de 15 minutos às aulas em classe.

No calor do Arizona, "as crianças precisavam de um período de resfriamento antes de poder iniciar o trabalho acadêmico", disse a diretora, Sarah Hartley.

"Economizamos 15 minutos todos os dias", continuou Hartley, "pois as crianças podem brincar, em seguida ir à cantina para comer e se acalmar, para então retornar à classe e iniciar o trabalho acadêmico imediatamente".

Desde aquele programa-piloto, 18 das 31 escolas do distrito adotaram o "intervalo antes do almoço".

Desafios

A mudança trouxe alguns desafios. Como as crianças vinham direto do pátio, a escola teve de instalar higienizadores de mão no refeitório. Até que o sistema do almoço fosse computadorizado, a escola teve de distribuir cartões às crianças conforme elas retornavam do intervalo.

Em Montana, autoridades de escolas estaduais estavam buscando maneiras de aprimorar os hábitos de alimentação e atividades físicas das crianças, e conduziram em 2002 um estudo-piloto em quatro escolas de "intervalo antes do almoço". De acordo com um relatório do Programa de Nutrição em Grupo de Montana, as crianças que brincavam antes do almoço desperdiçavam menos comida, bebiam mais leite e pediam mais água. Assim como no Arizona, os alunos ficavam mais calmos quando retornavam às salas de aula, resultando em aproximadamente 10 minutos adicionais de tempo de aprendizado.

Um desafio do programa era ensinar as crianças a comer mais devagar. Antes, elas terminavam o almoço na cantina em cinco minutos para poderem iniciar o recreio. Com a mudança, os funcionários da cantina tinham de estimulá-los a desacelerar, mastigar sua comida e usar todo o tempo disponível restante para terminar seu almoço.

Hoje, cerca de um terço das escolas de Montana já adotou o "recreio antes do almoço", e autoridades estaduais dizem que mais escolas estão sendo estimuladas.

"Os projetos-piloto em andamento demonstraram que os alunos estão desperdiçando menos comida, eles possuem um ambiente de alimentação mais relaxado e melhoraram o comportamento por não estarem com pressa de sair", disse Denise Juneau, superintendente do Escritório de Educação Pública. "Isso é algo que nosso escritório irá promover às escolas de todo o estado como uma prática recomendada."

Especialistas em saúde infantil apontam que essa mudança pode não funcionar em muitos distritos escolares urbanos, onde crianças de baixa renda podem começar o dia com fome.

"É uma ótima ideia, mas primeiro temos de lhes proporcionar um café da manhã decente", disse David Ludwig, diretor do programa de obesidade do Hospital Infantil de Boston. "Muitas crianças pulam o café da manhã e estão famintas na hora do almoço."

Para uma mudança aparentemente simples de agenda, isso pode criar assustadores problemas logísticos. As crianças muitas vezes têm de voltar aos corredores e salas de aula após o intervalo, para ir ao banheiro, lavar as mãos e buscar suas lancheiras. A Escola Primária North Ranch recebe regularmente chamadas de escolas em climas mais frios, com perguntas sobre como lidar com casacos, gorros, botas e luvas. "No Arizona, não temos esse problema", disse Hartley, a diretora.

Muitos distritos escolares dizem que tais problemas trazem relutância em realizar a mudança. Um estudo de 2006, publicado no Journal of Childhood Nutrition & Management, relatou que menos de 5% das escolas primárias do país estavam agendando o recreio parao antes do almoço. Porém, na Escola Primária Sharon, a diretora, Sinkewicz, diz que os desafios valeram a pena. Antes, as crianças levavam casacos, gorros e luvas com eles à cantina, e depois saíam. Agora elas têm tempo de levar os casacos de volta aos armários, para não precisarem carregá-los para o refeitório.

"Por alguma razão, as crianças não estão perdendo coisas lá fora", disse Sinkewicz. "A montanha de achados e perdidos está cada vez menor."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u688025.shtml em 02/02/2010.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dieta pode evitar 19% dos cânceres, diz relatório do Inca

FERNANDA BASSETTE da Folha de S.Paulo
Combinar alimentação saudável, controle de peso e prática de atividade física é capaz de prevenir 19% dos casos de câncer no país, aponta o relatório "Políticas e Ações para a Prevenção do Câncer no Brasil, Alimentação, Nutrição e Atividade Física" divulgado ontem pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) em parceria com o Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer.
De acordo com o levantamento, que faz projeções específicas para o Brasil, a união desses fatores poderia evitar 63% dos casos de câncer de boca, faringe e laringe; 60% dos tumores de esôfago; 52% dos casos que atingem o endométrio; 41% dos cânceres de estômago; 34% de pâncreas e 37% dos casos de câncer colorretal. O Inca estima o surgimento de 375.420 casos novos de todos os tipos de câncer em 2010.

"Este é primeiro levantamento que traz dados específicos para o Brasil relacionando incidência dos tumores com fatores de risco. Traz também um conjunto de ações que, juntas, têm um grande potencial de proteção contra o câncer", afirma Cláudio Noronha, coordenador da Divisão de Prevenção e Vigilância do Inca.

"Os resultados não são uma surpresa, pois já se sabia que a obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de uma série de tumores, especialmente os de fígado, pâncreas e endométrio. A importância disso é a compilação desses dados e a conscientização das pessoas", avalia o endocrinologista Bruno Geloneze, coordenador do Laboratório de Investigação de Metabolismo e Diabetes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Segundo dados do relatório, o controle do peso, mesmo sem a prática de atividade física constante, também seria eficaz no controle do câncer, podendo evitar 13% dos casos.

Para a nutricionista Luciene Assaf de Matos, do Hospital A.C.Camargo, no entanto, aliar uma boa alimentação à prática de exercícios físicos é fundamental. "A alimentação não trabalha sozinha. A pessoa pode até ter o peso adequado, mas o estilo de vida sedentário ao longo dos anos não é saudável."

Medidas

De acordo com Noronha, a publicação também chama a atenção para medidas simples de serem aplicadas no dia a dia da população para tentar manter hábitos saudáveis. "Cerca de 10% dos cânceres são determinados por fatores hereditários. Os outros 90% dos casos são decorrentes do padrão de vida que a pessoa leva, incluindo exposição a infecções, agentes tóxicos, padrão de alimentação, entre outras coisas que podem ser evitadas."

Custo para o SUS

De acordo com o Inca, o SUS (Sistema Único de Saúde) registra cerca de 546 mil internações por câncer anualmente -estima-se que são 259 mil internações na saúde suplementar. Cada internação no SUS custa, em média, R$ 1.446,34 para os cofres públicos.

Unindo alimentação saudável, atividade física e peso adequado, o Inca estima que haveria uma economia de R$ 84 milhões, em 2010, nos gastos com tumores de boca, faringe e laringe, esôfago, pulmão, estômago, colorretal e mama.

"O Brasil, de modo geral, ainda gasta muito com o tratamento do câncer por falta de uma política adequada de prevenção. Vivemos em um país cercado pelo mar e, mesmo assim, o consumo de peixe é baixíssimo, pois é muito caro para a maioria da população. E o peixe é infinitamente mais saudável do que a carne vermelha", diz a nutricionista Matos.

Segundo Noronha, os dados servirão de base para a elaboração de políticas de saúde pública e uma das prioridades serão as escolas. "A ideia é fazer a proteção primária, para evitar que a pessoa adoeça. Por isso, por exemplo, vamos recomendar que as escolas proíbam a venda de alimentos industrializados nas cantinas e restrinjam as máquinas de venda de comida e bebida prontas", diz.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u689800.shtml em 05/02/2010.

Cerveja moderada ajuda a fortalecer os ossos, indica estudo

ANDY COGHLAN da New Scientist
Uma cerveja por dia pode manter os ossos frágeis nos eixos. Isso ocorre porque a bebida fermentada é rica em silício, um elemento que tem sido associado à saúde dos ossos. Mas qual tipo de cerveja deve ser bebido?
Estudos prévios mostraram que o silício pode ajudar no crescimento dos ossos, e que o hábito de beber cerveja moderadamente está ligado ao aumento da densidade da massa óssea.

Estudos prévios mostraram que o silício presente no consumo moderado de cerveja pode ajudar no crescimento dos ossos
Agora, Charles Bamforth e Troy Casey, da Universidade da Califórnia, descobriram quanto silício cada tipo de cerveja possui.
Eles analisaram cem cervejas do mundo, e descobriram que a bebida fermentada continha entre 6,4 e 56 miligramas de silício por litro -- com uma média de 29 mg/l. À procura de níveis de silício nos ingredientes de cerveja, eles constataram que a maior parte da substância provém da casca de cevada maltada.
Cervejas mais leves e mais claras, feitas de cevada maltada e lúpulo, como as do tipo "pale ale", são as mais ricas em silício, enquanto as cervejas com baixo teor alcoólico contêm menor quantidade, juntamente com as cervejas escuras, cervejas pretas e cervejas de trigo.
Cerveja contra vinho
Jonathan Powell, do Conselho de Pesquisa Médica e Unidade de Pesquisa em Nutrição Humana em Cambridge, Reino Unido, disse que os resultados confirmam trabalhos anteriores do seu grupo, que demonstravam que as cervejas são uma boa fonte de silício biopraticável, e que ele melhora a densidade mineral dos ossos de uma forma que não se vê em vinho ou outras bebidas alcoólicas.
Em 2004, seu grupo mostrou que bebedores moderados de cerveja têm melhor densidade de ossos do que os abstêmios, ainda que os consumidores excessivos de cerveja tivessem a pior densidade mineral entre todos os grupos.
No entanto, Catherine Collins, nutricionista do hospital St George's Healthcare National Health Service Trust, em Londres, diz que, embora o silício na cerveja seja proveitoso para a densidade da massa óssea, o cálcio encontrado em alimentos como laticínios são mais ativos na prevenção da osteoporose.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u691034.shtml em 08/02/2010.

Bactéria ajuda japonês a digerir sushi melhor do que ocidental

RICARDO BONALUME NETO da Reportagem Local

A alga marinha que envolve o sushi pode ser igualmente saborosa para um japonês ou um ocidental. Mas o nipônico vai retirar muito mais nutrição dela do que qualquer outro ser humano.

Centenas de anos de consumo de algas marinhas alteraram o organismo dos japoneses a ponto de facilitar a digestão desse ingrediente.

As responsáveis foram agora identificadas por uma equipe de pesquisadores na França: bactérias do intestino que adquiriram genes comuns em suas primas que vivem nos oceanos.

Sushi de Pepino, "kappamaki" em japonês; bactéria do intestino ajuda japoneses a digerir alga do sushi melhor do que ocidental.

Os genes são a receita para a produção de enzimas que facilitam a digestão das algas pelas bactérias -- no mar ou na barriga de um japonês.

Os trilhões de bactérias presentes no intestino são os amigos mais próximos e mais úteis dos seres humanos.

Como lembra o grupo de Mirjam Czjzek, da Universidade de Paris 6, em um artigo na edição de hoje da revista científica "Nature", esses micróbios suprem seus hospedeiros com energia ao usar enzimas que estes não fabricam para quebrar alimentos.

Evolução conjunta

Bactérias intestinais e humanos têm evoluído juntos, em benefício mútuo. Uma estratégia de sucesso no ecossistema do intestino é se tornar proficiente em usar os nutrientes que o hospedeiro consome.

Bactéria do intestino ajuda japonês a digerir sushi melhor do que ocidental; ela possui genes comuns de suas primas dos oceanos

Foi o que fez uma bactéria "esperta", a Bacteroides plebeius. Ela adquiriu genes para digerir as algas marinhas do gênero Porphyra. Nenhuma outra bactéria do mesmo gênero consegue fazer isso.
Os cientistas concluíram que a Bacteroides plebeius obteve os genes por "transferência lateral" --o empréstimo um trecho de DNA adquirido diretamente- de bactérias marinhas presentes nas algas.
O resultado é um elegante exemplo da importância de hábitos culturais na evolução biológica. As bactérias se adaptaram ao ambiente intestinal repleto de uma fonte nova de alimento.
E tinha que ser no Japão. Registros indicam que as algas já eram usadas ali no século 8º. E o japonês de hoje consome 14 gramas de algas por dia, um recorde mundial.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u717912.shtml em 08/04/2010.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Yoki retira produto do mercado com informação errada sobre glúten

JULIANNA GRANJEIA colaboração para a Folha
A empresa Yoki Alimentos retirou do mercado dois lotes do salgadinho Lanchinho Yokitos. A embalagem dos produtos continha a informação "não contém glúten", sendo que a guloseima possui traços da substância em sua composição.
Pessoas com intolerância ao glúten podem ter prisão de ventre, dor abdominal, entre outras reações ao ingerir a substância.

Yoki retirou do mercado dois lotes do Lanchinho Yokitos por erro de informação

A Yoki, em nota divulgada na semana passada, informou que o produto "naturalmente não contém glúten", mas que, durante o processamento, foram encontrado traços. "Por precaução foi informado na embalagem primária "Contém Glúten'. Por falha humana, utilizou embalagem externa (secundária), com a indicação "Não Contém Glúten'".

Procurada pela Folha nesta segunda, a empresa não informou quantas unidades foram retiradas do mercado, se todas as embalagens com informações erradas já foram retiradas nem se houve reclamação de consumidores.

Os produtos retirados do mercado são dos lotes 260110C ao 200410C com validade entre 26 de janeiro e 20 de abril de 2010. A Yoki disponibilizou o telefone 0800-772-7065 para os consumidores esclarecerem dúvidas.

Doença celíaca

A nutricionista Mariana Tarricone Garcia, mestre em nutrição em saúde pública, explica que os equipamentos utilizados em produtos industrializados podem contaminar os alimentos. "As indústrias usam os mesmos equipamentos para fazer vários produtos e acabam sobrando vestígios de substâncias. Se em uma bancada que se faz um pão de queijo já foi feito anteriormente um pão com farinha, e essa bancada não for lavada corretamente, a farinha vai contaminar o pão de queijo", explica Garcia.

O portador de doença celíaca é intolerante ao glúten por não conseguir metabolizar a proteína presente em grãos como o trigo, aveia, cevada e centeio. "Existem vários níveis da doença, alguns têm reações mais fortes. É preciso prestar atenção na dieta porque alimentos que pensamos que não contém glúten, como o chocolate, contém traços de glúten, que são os vestígios deixados no processo de industrialização", diz a nutricionista.

A lei nº 10.674/03 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina que todos os alimentos industrializados deverão conter em seu rótulo e bula, obrigatoriamente, as inscrições "contém Glúten" ou "não contém Glúten", conforme o caso.

Código de Defesa do Consumidor

Segundo o Procon, o artigo 10 do Código de Defesa do Consumidor estabelece que o fornecedor não pode colocar no mercado produto ou serviço que apresenta risco à saúde ou segurança. O órgão não soube informar se a empresa foi notificada pelo erro de informação, mas disse que está acompanhando o caso.

A legislação também prevê que os consumidores que enfrentaram problemas causados pela informação errada na embalagem poderão entrar com ação na Justiça por danos morais e patrimoniais.

O telefone do Procon é 151, que também atende consulta para saber se uma determinada empresa tem reclamações no Procon-SP. O site da instituição é o http://www.procon.sp.gov.br/.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u719712.shtml em 12/04/2010.

Dieta rica em pão branco aumenta o risco de infarto

JULLIANE SILVEIRA
Dois grandes estudos divulgados nesta semana reacendem a discussão sobre os riscos, para o sistema cardiovascular, do alto consumo de carboidratos refinados, presentes em pães brancos e biscoitos.
O primeiro estudo investigou a relação entre infarto e dietas pobres em gorduras saturadas (já bem relacionadas a problemas cardíacos), mas ricas em carboidratos. Os pesquisadores, da Dinamarca, acompanharam 53.644 adultos durante 12 anos. A pesquisa concluiu que, para cada 5% de aumento de carboidratos na dieta, houve um risco 33% maior de infarto. Esse resultado foi publicado no "American Journal of Clinical Nutrition".
"Carboidratos com alto índice glicêmico aumentam as chances de problemas cardiovasculares por causarem processos inflamatórios, dislipidemias [alterações no colesterol] e disfunções nas paredes dos vasos", disse à Folha Marianne Jakobsen, especialista em nutrição e líder da pesquisa.
O outro trabalho foi divulgado no "Archives of Internal Medicine" e ligou o risco de doenças nas artérias do coração ao consumo excessivo de carboidratos refinados, mas só no caso das mulheres. Para os homens, não foram encontradas alterações decorrentes dessa dieta. O estudo conclui também que, para o risco de doenças cardíacas, importa mais o fato de os carboidratos ingeridos serem de alto índice glicêmico do que a quantidade total de carboidratos consumidos. Os pesquisadores acompanharam mais de 47 mil voluntários, por sete anos, na Itália.
Alimentos com alto índice glicêmico são assim chamados pela capacidade de aumentarem rapidamente os níveis de glicose no sangue. Com isso, o organismo libera altas doses de insulina, fazendo a glicose cair rapidamente e levando à sensação precoce de fome.
Para Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista do Hospital do Coração, o hábito de consumir excesso de carboidratos com alto índice glicêmico sobrecarrega e deteriora o pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina, e pode levar à obesidade. "As causas das doenças coronárias são muitas, e esse pode ser um dos fatores de risco", diz Magnoni.
Para preservar o pâncreas, é melhor se alimentar com nutrientes mais complexos, que demoram para ser absorvidos. "Há 5.000 anos, você não comeria açúcar refinado. Esse tipo de dieta é que leva às doenças da sociedade moderna."
O aumento da obesidade nos EUA é um exemplo do que acontece quando se trocam as gorduras saturadas, que contribuem para o aumento do colesterol "ruim", por carboidratos, diz o cardiologista Raul Dias dos Santos, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo: "Houve redução significativa de colesterol na população nos últimos anos, mas aumento brutal da obesidade e outros problemas associados."
Os médicos recomendam que a dieta diária seja composta por 60% de carboidratos, preferencialmente de baixo índice glicêmico, e por 7% de gorduras saturadas.
Por serem digeridos rapidamente, os produtos com alto índice glicêmico levam a uma maior ingestão de calorias e consequente ganho de peso. A gordura acumulada pode liberar maior quantidade de ácidos graxos, que se alojam no fígado. Esse cenário pode piorar os índices do colesterol "ruim" e aumentar as taxas de açúcar no sangue (o organismo desenvolve resistência à insulina).
O tecido adiposo no abdômen também estimula processos inflamatórios nos vasos sanguíneos, favorecendo a formação de placas nas paredes.
Pesquisas anteriores já associaram o maior consumo de carboidratos refinados ao aumento nos índices de triglicerídeos no sangue --outro marcador de risco cardiovascular.
Mulheres com taxas elevadas de triglicerídeos têm duas vezes mais risco de sofrer doença cardíaca do que o homem.
Colaborou Débora Mismetti
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u722327.shtml em 17/04/2010.

Chá de papaia possui alto poder anticancerígeno

da France Presse
O chá do extrato de e folha de papaia contém propriedades que combatem com grande poder os vários tipos de câncer e não deixa sequelas de nenhuma toxidade, como ocorre com outras terapias, segundo uma pesquisa da UF (Universidade da Flórida) divulgada na terça-feira (10).
O pesquisador Nam Dang da UF e um grupo de cientistas japoneses documentaram os poderosos efeitos anticancerígenos da papaia sobre o câncer de útero, de mama, fígado, pulmão e pâncreas, através de testes em laboratório com uma ampla variedade de tumores.
Os pesquisadores utilizaram um extrato de folhas secas de papaia e os efeitos anticancerígenos eram mais fortes quando as células recebiam maiores doses de chá, disse a UF.
Pela primeira vez, um estudo comprovou que o extrato de folha de papaia estimula a produção de moléculas essenciais do tipo citoquinas Th1. Esta regulação do sistema imunológico, junto ao combate direto do tumor em vários tipos de câncer, sugerem possíveis estratégias terapêuticas utilizadas pelo sistema imunológico para combater o câncer, acrescentou a Universidade.
Além disso, o fato de o extrato de papaia não possuir nenhum efeito tóxico nas células normais evita uma consequência devastadora comum em muitas terapias anticancerígenas, indicou.
Os cientistas utilizaram dez tipos diferentes de células cancerígenas e as expuseram a quatro graus de concentração de extrato de papaia durante 24 horas, medindo seus efeitos após esse tempo.
A concentração reduziu o crescimento dos tumores em todos os cultivos, segundo o
estudo.
A pesquisa também foi publicada na edição de fevereiro do "Jornal de
Etnofarmacologia", informou a UF.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u704970.shtml em 10/03/2010.

Sal e Açúcar: Quando o Abuso Causa Riscos Para o Organismo

Inseridos no hábito alimentar da população mundial, o açúcar refinado e o sal já foram em épocas remotas preciosas porções consumidas nos banquetes das cortes ou nas salas das burguesias. Hoje a medicina condena o abuso na utilização destes dois ingredientes e faz vários alertas para os problemas causados pelo uso excessivo do sal e do açúcar, principalmente refinado.
O açúcar
Os endocrinologistas, cardiologistas e dentistas são os principais combatentes do açúcar refinado. Visível em pedaços e em pó ou invisíveis nos bolos, balas, refrescos e outros, o açúcar refinado é apontado como uma das maiores causas de cárie dentária, da obesidade, da arteriosclerose, do diabetes em pessoas propensas, e até da infertilidade nas mulheres.
O açúcar refinado é de fácil digestão, caindo rapidamente no sangue e liberando um hormônio chamado insulina que transforma o açúcar em gordura e retira-o logo do sangue, provoca a hipoglicemia (falta de açúcar), manifestada por sintomas como a sonolência, cefaléia, a tensão nervosa e a irritabilidade. Os açúcares existentes nos alimentos dispensam o uso do açúcar refinado.
As origens da dependência orgânica do açúcar já foram desmistificadas por pesquisas médicas que mostraram que ela é basicamente psicológica. Existem casos em que ele é necessário, como na hipoglicemia funcional, quando se obriga a uma ingestão de doses de açúcar rapidamente. Entretanto, o tratamento da hipoglicemia, em longo prazo, consiste em restringir o uso de açúcar nos momentos de crise, substituindo-o por frutas.
Os naturistas afirmam que os povos primitivos, cuja dieta enfatizava os alimentos em estado natural, às vezes ligeiramente cozidos, não conheceram o diabete, a obesidade e a cárie dentária. Para eles, o progresso trouxe o refino e, ao beneficiar o açúcar, a remoção de seus nutrientes.
O sal também é dispensável?
O sal (ou cloreto de sódio) encontra-se em qualquer corpo vivo e, junto com outros sais minerais, produz energia e reforça a resistência dos órgãos. Só que de acordo com a Organização Mundial de Saúde, as nossas necessidades ficam em torno de 6 gramas por dia, incluindo aí o sal dos alimentos. Embora a natureza tenha montado em mecanismo perfeito, capaz de eliminar o excedente de sal pelos rins, os erros repetidos entre a ingestão/excreção da substância acabam por alterar altera este equilíbrio.
Os distúrbios trazidos pelo uso abusivo do sal só foram conhecidos no início do século, quando se pesquisaram as causas dos edemas, da insuficiência cardíaca, da cirrose, e das doenças renais. Mais tarde comprovou-se que o sal agravava e até mesmo provocava a hipertensão arterial.
Na gravidez, quando a mulher apresenta um excessivo aumento de peso, de fato se justifica a redução da ingestão do cloreto de sódio. E se ela for hipertensa, então se torna obrigatório em controle mais rigoroso, pois a doença pode evoluir, representando um grande risco para a gestante e para o feto.
Com nosso hábito alimentar já muito arraigado, sem dúvida seria quase impraticável abolir totalmente o sal, mas, ao estabelecer uma dieta, deve-se lembrar das dosagens contidas nos alimentos ao natural. A carne, por exemplo, já contém 65 mg de sal em l00 g, o ovo, 122 mg e o peixe,140 mg em l00 g. Isso sem falar de uma fatia de pão, ll4 mg; quatro fatias de bacon, 548 mg e das outras altas dosagens contidas nas conservas, nos biscoitos, nas sopas, nos alimentos semiprontos, e em algumas preparações açucaradas, onde o sal acentua o sabor.
Quem pratica algum esporte ou expõe o corpo a temperaturas elevadas, é aceitável um reforço moderado na ingestão do sal. Contudo, não é conveniente o exagero após os 40 anos de idade.
Copyright © 2000 eHealth Latin America
Fonte: http://www.boasaude.com/ em 09/05/2000.